Lembranças do Nosso Rei. Não o deles. O Nosso.

Hoje pensei em tirar o "luto" do meu twitter. Para os que esquecem mais rápido que eu, o luto se refere à saída de Zico. A dúvida do ato abortivo me causou uma introspecção. E das brabas.

 Quanto tempo se leva para esquecer? Quanto tempo se leva pra esquecer um gol? Ou uma final de campeonato? Quanto tempo se leva pra esquecer grandes jogadores? E o maior deles?

Dida, Bebeto, Júnior, Nunes e Adílio são nomes conhecidos por todo rubro-negro. Jogadores supimpas e estampados nas seis estrelas que vestem o nosso Manto. Nomes lembrados em museus, troféus, e homenagens até não poder mais. Nomes gravados principalmente no coração que nos bate.

Será que algum dia eles serão esquecidos? Mesmo com o manto desbotado e a Gávea fechada, eles não terão mais importância? Mas se você me diz que é logico que não, como esquecemos tão rápido a passagem de Zico à nossa Gávea ruída? Como deixamos, que a cada dia, nossa revolta escorra preguiçosamente por entre os dedos? Que a furtivamente, de sejá lá quem, consiga uma vitória sobre o nosso amor pelo Fla?

Hoje faz um mês após seu pedido de demissão. Mas esse post foi escrito cinco dias antes, pois a dor do meu comodismo que tanto me corroeu, hoje, fez de mim fim. Um mês é o suficiente? Que bárbaro. Um jogador que tanto nos presenteou, tanto nos abraçou, tanto nos fez chorar de alegria, e gritar de emoção. Um jogador, que certamente, nos fez mais rubro-negros do que conseguirímos ser. Mais do que somos nós mesmos. Um Pai que para muitos, é mais Flamengo que o prório Mengão.

Infelizmente, hoje não venho propor um protesto ou uma revolução na estrutura da Gávea. O que venho falar a vocês é mais simples. É mais tenro, mais coração. Sugiro que mandem mensagens de apoio ao Zico(@ZiconaRede), lembrem-no de que ele não está esquecido ou sozinho, dêem força a ele, independende do caminho que escolher. Ele é o nosso Grande Rei, tenho certeza de que merece.

Eu te amo muito Zico, fique em paz.

@SBussi2

Pós Jogo - Mesmo Placar, Mas Outra Visão

    Esquisito ver isso vazio...



Eu estava no estádio. E é incrível como a nossa percepção sobre o jogo muda. Somos capazes de acompanhar completamente pelo lado tático, técnico, e emocional.

Já haviam me perguntado o que tinha achado do jogo. Bem, acredito ser unânime que no primeiro tempo nós não jogamos bem. Em alguns momentos até conseguimos equilibrar o jogo, mas o controle não esteve em nossas mãos ou pés. Nos falta visão de jogo, talvez por eu ser muito severa nesse ponto. Nosso time parece não tentar jogadas improvisadas, mas isso também vem da falta de um homem de criação. Podemos reclamar de zagueiros, atacantes, técnico, mas grande e massiva parte do nosso problema estaria resolvido com um, nada além de um, jogador criativo. Em certos momentos do jogo, queria tanto ver a plaquinha subinto e dizendo que quem entrava em campo era o Cristiano Ronaldo. Rs. Pobre de mim. E do meu time.

Mas quem não tem leão, caça com rato. E no segundo tempo parace que resolvemos nos ajeitar. Esse Marquinhos está fazendo por onde receber elogios, deu muita garra e possibilidades de jogo. A bola frequentemente abria pelo lado lado dele, e menos pelo do Léo. Aliáis, Leo. Gosto muito de você, mas hoje, vou ter que criticá-lo. Em dois momentos ele teve a possibilidade nítida e óbvia de chutar a gol, mas não o fez. Tirando essas situações de perplexidade e indignação da torcida, houveram outros mais sutis que o Léo poderia ter feito a diferença no placar. Deixando de lado seu medo da área, nosso lateral continua sendo o jogador que busca as jogadas e cria, dentro do possível, boas oportunidades para o time.

Diogo eu não vou citar. Ah! Mas o muleque fez gol. Eu só descobri agora. E ainda sim, não vou citá-lo. Quando procurar jogar com mais competência eu procuro dar um espacinho  no meu Word pra ele.
Saí do jogo com uma sensação parecida com a do jogo do Vasco. "Mais 10 minutos e virávamos" , pois é time, mas vocês tem que aprender que só tem 90 minutos pra jogar. Luxa do coração, ensina isso pra eles.


Cumprimentos pelo grande Dia do Flamenguista, já já eu posto uma homenagem pra gente ^. ~


@SBussi2

Alógico, mas tudo bem.



Não acompanhei o jogo na net, nem pude entrar no pc após o empate. Mas hoje percebi uma  revolta de muitos flamenguistas. Para eles o jogo teve gosto de derrota, de submisso.

Bem no início o Vasco realmente estava tendo boas chances de gol, as quais desperdiçou todas. Depois o jogo foi nosso, com uma ou outra possibilidades pra eles. Tiveram a cagada de fazer o gol, fato, mas até isso foi bom pra gente: ajudou a manter um bom nível de futebol durante um tempo, nesse momento teve menos porradaria.

O vasco é um time de merda. Quem joga no estilo faz 1 gol e segura o resto, é merda. Dos medíocres e medrosos pra pior. E qual é o problema que Magnética tem?! Quem se liga neles? Muito sem lógica isso... Eu não to super feliz, mas só porque não ganhamos. Nós fizemos uma boa partida, tentamos, e conseguimos em muitos momentos, impor o nosso jogo, corremos pra caramba! Mas foi tanto que eu suava sentada numa cadeira. Acredito ser essa a nossa forma média de jogar. Já vimos show contra o Inter e o poço durante muito tempo, agora é hora de manter um padrão. Eu fico legal com isso e dou o maior apoio.

Às vezes me parece que boa parte da nossa torcida ainda está numa vibe muito tensa, muito cheia de cobranças e perigos. Galera...Se liberta! Que parada é essa de ficar contando pontinho? Mesquinhando resultado? Isso não pertence à gente. O Fla vem jogando bem. Vamos todos (torcedores, os jogadores vão treinar com o Luxa em tempo integral mesmo) para uma praia vazia(aí vai encher bastante, né...?), deitar na areia e tomar uma agua de côco. Só na tranquilidade...Relaxa...

É tudo nosso.


@SBussi2

Supremacia do Flamengo sobre o Vasco - Parte 3

Como o @FabianoLenda1 , rubro-negro fechamento, disse : Vencer é sempre bom, vencer do Vasco é melhor ainda! Essa semana eu me fiz um desafio: mostrar das formas mais variadas a Supremacia do Flamengo sobre o Vasco. O primeiro post foi bem a minha cara, escrachado e marrento. O segundo, técnico e levemente tendencioso. O de hoje é uma história importante pra mim. Muito especial.

Eu descobri que time de futebol existia aos 4 anos de idade. Uns pirralhos do meu prédio quando jogavam futebol dedicavam seus gols a um time aí. No início eu não me interessava, até que eu começei a tentar jogar com eles. E com o convívio aquela bajulação foi me irritando. Que merda é essa? Quem é esse tal de Vasco aí? Não calavam a porra da boca e ainda tinham aquele jeito de playboy tirando onda. Eca!

Uns anos depois eu os encontrei à beira da quadra, putos e revoltados. Destruídos. Pensei logo: Quem foi o Fenômeno Brilhante que os fez largar o recalque? O Fenômeno, que não é o Ronaldo, era, o que eu viria a descobrir mais tarde, ser minha maior paixão. Um tal de Flamengo goleou o time deles. Mas eu não ia entregar meu coração ao primeiro time que me agradasse às idéias. Na minha pobre cabeça, todos os times eram como o desprezível do Vasco.

E num domingo à tarde, à toa, eu parei o canal no jogo Fla x Bota. E foi uma cajada para três coelhos. Que torcida era aquela que não parava de cantar?! Para uma menina, aquilo foi muito mágico, para a mulher de hoje, a emoção não diminuiu em nada.

Uma vontade de cantar hinos que ainda não conhecia me subiu do coração. Senti um calor me percorrendo o corpo. Um arrepio. Uma emoção profunda, vontade de cantar bem alto alguma coisa. Hoje eu sei o que era. Era vontade de cantar ao mundo todo o orgulho de ter me descoberto rubro-negra.

E os que leram essa descrição, não tiveram dúvida. Era uma paixão arrebatadora. Daquelas que nos tiram o ar. Não dava pra fugir ou esconder, e vocês acham que eu não aproveitaria essa chance de mostrar pra eles o meu amor? Não foi dessa vez e não seria em nunhuma outra que eu iria desperdiçar. E foi entre várias discussões que percebi o Fla x Vas sendo a maior rivalidade no futebol. E foi com o tempo que descobri que eles eram uns otários por escolher um time que sempre perdia pro meu. Idéia besta gostar do vice-campeão, né?!

Mas hoje em dia eu nem discuto mais. Eles podem ganhar esse jogo, que vai ser só um jogo. Para o Flamengo é pequeno demais.

Mas sabe o que eu acho? Acho que vou para o Engenhão amanhã apoiar meu Mengão e assistí-lo ganhar.


                                                  Porque em terra de bacalhau, todo Urubu é Rei.


@SBussi2

Ainda Sem Respeito, Mas Com Toda a Educação

    Você é esquisito assim sempre, Vasco?



Com base em duras críticas à minha forma de escrever, falam que falto deliberadamente com respeito, vou fazer um desafio a mim mesma. Um post puramente técnico, mostrando a superioridade do Flamengo em ralação ao Vasco(a todos né?!). Que fique claro que não vou passar a respeitar esse adversário por causa desse post. Apenas vou controlar meus ímpetos de mostrar que o Flamengo é Fuderosão pelo lado esculachante.

Com a vitória de placar conhecido por todos, o Flamengo chega a rodada 31 do Brasileirão com a auto-estima renovada e elevada. O que pode nos ajudar para um bom resultado ou pode nos levar a cair. Mas com Luxemburgo no comando a chance de se cometer erros por precipitação é pequena, por isso, os 3x0 só tem a ajudar no clássico esperadíssimo.

Mas esse confronto é mais que um clássico importante. Para melhor entendimento, aí vão os números: os dois times se confrontaram na história 255 vezes, houve 71 empates, 85 vitórias do Vasco e um número de vitórias do Fla um tanto quando incentivador. 99 vitórias. Humm... Pensaram no mesmo que eu? É, o Deivid deveria evoluir da camisa  99 para 100.

Nosso Time não vem de Val Baiano, mas volta com Léo Moura e Willians. E mais uma situação que o Flamengo deve aproveitar são os desfalques do Vasco: Jumar, volante, está afastado pelo terceiro amarelo, o meia Carlos Alberto e o lateral esquerdo titular, Ramon, estão afastados por motivos médicos. Esse último teve seu substituto, Carlinhos, suspenso, por cartão vermelho. Por outro lado, Fagner e Max devem jogar contra o Fla. Mas pra quem não entende de Vasco é assim que fica: Eles com quase todos os bons jogadores sem jogar e nós com todos os nossos à disposição.

E assim caminha o maior clássico da rodada, com um time pedindo pra dar show e outro...Bem, o outro pedindo pra ser vice de novo.



Obs.: Esse post deve grandes agradecimentos ao @RenatoCroce que me ajudou no levantameto dos dados. Valeu manolo!


Cumprimentos


@SBussi2

E Quem Foi Que Disse Que Eu Não Escrevo Pros Vascaínos?



Como falou nosso querido bloggueiro Muhlenberg, "está aberta a temporada de caça ao bacalhau!" Uma semana pra gozar nosso 3x0 contra o Inter na cara do Vice. Uma semana pra fazer o coadjuvante do Rio se sentir o último dos times. A semana perfeita para colocar o nosso rei interior no navio deles, começar a pular e cantar loucamente até afundar aquela merda de barco da época de Cabral. Aliáis, já deu a hora de se aposentar né Vascão?! Como espera se mover contra 12 jogadores em campo com um bote velho desses? Mas nós somos maneiros, emprestamos um pedacinho do nosso futuro museu pra vocês. Na seção de agradecimentos pelos títulos.

E fica tranquila mulambada, eles já estão peidando na farofa já. Virei para um amigo vascaíno e convidei-o para assistir ao jogo. "Não, não... O Vasco tá mal, perdeu pro rubro-negro do interior lá" Esses meus amigos não-flamenguistas nunca vão me deixar esculachá-los em pleno estádio? Que desprazer!

Mas tudo bem, tem problema nao, né?! A gente tem o pré-jogo, o jogo, o pós, o passado e o futuro para mostrar que o Fuderosão não tem esse apelido à toa.

Não é obrigação do Mengão ganhar, mas é bom que o faça. Pelo menos, a certeza de que vou me orgulhar de assistir o jogo, eu tenho. Nosso espírito está voltando, nossa personalidade está tomando forma novamente. Parabéns pra gente.

Ah! Já ia me esquecendo! Um abraço sincero em você, vascaíno que está lendo meu blog, e uma cuspida na cara também, mas metaforicamente, claro! Se não seria desrespeito, né?

Abração rubro-negros! Domingo só vai dar a gente!

SRN




 (@SBussi2)

Para Estudar

Essa semana andei conversando sobre o projeto de Autonomia do Futebol no CRF e as mudanças necessárias para esse acontecimento. Cheguei à conclusão, confesso que óbvia, de que com informações sobre o assunto, o nível de nossas opiniões se elevaria mais e nossos protestos e debates seriam mais embasados.

Por isso, trago a vocês uma matéria do José Maria Sobrinho, ex vice-presidente de planejamento do Fla e um dos idealizadores da Autonomia do Futebol.
E deixo à disposição também, para quem ainda não leu, o link com o Projeto de Autonomia do CRF na íntegra.

Aproveitem, o que é Flamego merece ser divulgado e opiniões embasadas merecem ser escutadas. Por isso, deixem seus comentários sobre as mudanças programadas para o Fla.

Meus Cumprimentos,

@SBussi2

Nasce De Novo e Troca De Time



À sugestão do Muhlenberg, fui dar uma olhada no blog do Inter. Rs, tadinhos. Quem ficou na reta foi uma bloggueira com cara de indefesa, juro que pegei leve porque deu pena. Para os que tiverem menos dó que eu, o link está aí.

A pobrezinha tentava explicar que o que tinha de errado com o Inter ora era a falta de entrosamento ora era o ataque, ou a defesa, ou o técnico. Ficou desesperada, começou a choramingar, como os adversários do Fla fazem bem, dizendo que nossa torcida não respeita o suposto time campeão que são. Ah galera, aquilo me tocou, me senti inundada numa benevolência, aí tive que deixar um comentário no estilo fica tranquila pra ela: O problema do Inter é que ele não é o Flamengo. Só isso, querida. Mais nada.



Fiz mal?


@SBussi2

É Uma Loucura Esse Nosso Amor




Fazendo minha inspeção diária nos blogs flamenguistas, pude perceber que a grande maioria detém uma confiança na nossa vitória hoje. Torcedor do Fuderosão é algo muito doido mesmo. A gente perde, se fode todo, empata pra caralho, estamos na honradísssima décima quarta posição com inúmeros desfalques, mas se você perguntar pro mulambo quem vai ganhar do Internacional hoje o cara até se sente ofendido.

 É Lógico que é o Mengão! Quem mais poderia ser?!


Verdade. Quem mais poderia ser? Com nosso Manto Sagrado em campo, jogando em casa, com o Vazião lotado de camisas 12, e mais alguns milhões no ranger dos dentes em frente à TV, quem mais poderia ganhar hoje? Técnico novo, aliáis, vale ressaltar, é O Luxemburgo, emocional renovado, coração tomando um rumo. Quem, além do Flamengo, poderia vencer hoje? O maior, o mais querido do Brasil, com a maior torcida do mundo! Me diz você:  Quem vai ganhar hoje?

Eu Sumi, O Luxa Veio e OVal Fez Gol

Aí eu tive que voltar para comentar. Foi mal aê galera que fecha comigo, estou trocando de net e isso está me trazendo problemas... E mais de uma semana sem respirar Flamengo já estava me deixando sem vida. Mas foda-se o mundo porque hoje eu voltei para escrever sobre o nosso Fuderosão!
Como estou atrasada, vou fazer um back up estilo fast food:

Adeus Silas, nunca achei que você fosse a causa de nossos problemas, mas sua postura não me deixou pensar que fosse a solução.

Bom dia, boa tarde, bom jogo Luxa! Não aposto nada em você, mas isso é problema meu. Coração rubro-negro e currículo show de bola, tem muito a fazer pelo Mengão. Faça tudo que puder, eu vou estar na sua cola, torcendo para que dê tudo certo, sempre.

Nossa Cinderela Baiana desencantou, mas continua matando mosquisto. E em resposta ao Pet, que havia dito que o Val Baiano perdeu a virgindade, pois bem, ele fode mal, hein!

Sobre o empate contra o Avaí, não fiquei satisfeita. Léo expulso e uma cambada sem jogar contra o Inter. Além de que, se o treinador pensou que fazer dois gols no início e segurar o jogo fosse funcionar, espero que tenha percebido que isso aqui é Flamengo, segurar jogo não funciona,amigo. É sempre em frente.

É nesse pique que eu fico por aqui: como quem lê um conto de fadas onde o príncipe Luxa chegou e desencantou a princesa baiana, agora, eu aguardo o final feliz, que vem se Deus quiser. E Ele quer.


Meus Cumprimentos Rubro-Negros no Coração da Nação



@SBussi2

Direito do Torcedor saber, e Dever de Fazer Acontecer.

 
 
Esse post foi indicado por Muhlenberg via twitter(@urublog). De uma pessoa quase anônima,
 
 
"A quadrilha que derrubou Zico
 
Os delinqüentes que afastaram ZICO do comando do futebol rubro-negro — e com isso enterraram o único projeto sério, em trinta anos, de fazer do Flamengo um clube moderno e vencedor —, são gente com nome e sobrenome, e com dois temores muito claros.

O primeiro, de mais longo prazo, o medo do projeto do ZICO e de todo rubro-negro de bem de dar autonomia estatutária ao futebol. Implementado, tiraria o futebol das mãos incompetentes dos que, ao longo dos anos, não fizeram mais que locupletar-se às custas de nossa maior paixão, enquanto o Flamengo caminhava a passos largos para a irrelevância.

O segundo, muito mais imediato, o pânico à limpeza que ZICO vinha promovendo nas divisões de base, cortando as asas de empresários nefastos e de seus agentes internos — verdadeiros quinta-colunas, interessados muito menos na máxima em desuso de que “craque o Flamengo faz em casa”, e muito mais na regra vigente de que craque o Flamengo vende cedo, a preço camarada, para desfrute máximo de seus cartolas e benefício nenhum para clube e torcida.

Do primeiro temor trataremos oportunamente, eis que a discussão aí é muito mais filosófica, e tem a ver com a definição de quem é o dono do Flamengo, 5 mil sócios ou 40 milhões de torcedores. Basta, por ora, registrar a declaração ouvida há pouco nos corredores do clube, em apoio aos que apunhalaram o ZICO pelas costas:

“O Flamengo é dos sócios, será gerido pelos sócios, para os sócios e em benefício dos sócios. A torcida que se foda. Se os sócios decidirem que o futebol ficará em segundo plano, assim será feito.”

O segundo, no entanto, é o cerne da disputa que terminou com a recente demissão de nosso ídolo maior, num processo de fritura e intimidação que envolveu até ameaças de morte ao ZICO e a sua família. Dele participaram ou beneficiaram-se diretamente os senhores Hélio Ferraz, Leonardo Rabelo, Michel Levi, George Helal, Walter Oaquim e Leonardo Ribeiro. Nele permaneceu omissa, qual Pôncio Pilatos, a senhora Patrícia Amorim, que não teve a retidão e o caráter suficientes para escolher entre ZICO e a canalha que a elegeu.

É justa e santa a ira contra o sr. Leonardo Ribeiro, mas o repugnante Capitão Leo — escroque conhecido e de vasto prontuário — é apenas o elemento mais visível de uma quadrilha chefiada e integrada por gente muito mais graúda. Com capacidades e talentos reconhecidamente modestos, limita-se a intimidar, com seus camisas pardas, os que ousarem erguer a voz contra o esquema de pilhagem dos cofres rubro-negros, comandado hoje por Hélio Ferraz e Leo Rabelo. Também põe a serviço da quadrilha os conhecimentos contábeis que aprendeu com o ilibado Eduardo Vianna, na FERJ, aonde chegou apadrinhado por ninguém menos que Edmundo dos Santos Silva.

O verdadeiro capo mafioso, aqui, é Hélio Ferraz. Trata-se do mesmo incompetente de passagem absolutamente esquecível pela presidência do clube, logo após a débâcle de Edmundo dos Santos Silva. Os tempos duros, e a conseqüente redução das expectativas da torcida, permitiram a Helinho passar incólume pela presidência, sem chamar muita atenção para sua incompetência. Mas já era o mesmo Helinho que faliu um estaleiro, no começo dos 90, e que poucos anos antes despertara a nossa vergonha alheia com uma campanha absolutamente pueril para o Senado. O mesmo Helinho cujos escassos conhecimentos futebolísticos lhe permitiram dizer, com a cara mais séria do mundo, que seu grande ídolo no esporte era Marcelinho Carioca!

Pois foi Hélio Ferraz o avalista político da eleição de Patrícia Amorim. Foi Helinho quem lhe deu viabilidade política ao amarrar o rabo da ex-nadadora ao do empresário Leo Rabelo. Rabelo era o dono das divisões de base do Flamengo à época de Edmundo dos Santos Silva, quando contava com o pleno aval dos senhores George Helal e Walter Oaquim. Apadrinhado pelos dois, continuou locupletando-se no mandato do Sr. Hélio Ferraz, mas subitamente viu sua influência reduzir-se quando os dois caíram em desfavor, com a eleição de Márcio Braga. Saudosos de tempos mais gordos, Helinho, Rabelo, Helal e Oaquim viram na inconsistente Patrícia Amorim — sem conhecimento nem interesse algum no futebol — sua oportunidade de ouro para voltar a prosperar às custas do Flamengo. Asseguraram-se, para isso, de controlar, além da presidenta decorativa, o Conselho Fiscal do clube, onde puseram ninguém menos que o sr. Leonardo Ribeiro. (Esqueçam a conversa mole de que o Capitão Leo é oposição, uma vez que o cargo seria tradicionalmente da oposição: Leonardo Ribeiro há anos é assessor parlamentar e camisa parda de Patrícia Amorim na Câmara de Vereadores do Rio.)

Sob o comando dessa gente, as divisões de base passaram a ser nada mais do que uma vitrine onde o Sr. Leo Rabelo expunha seus produtos. Aí passaram a envergar o Manto Sagrado garotos sem nenhum vínculo empregatício ou federativo com o clube, atletas que tinham 100% do seu passe atrelado exclusivamente a Leo Rabelo e empresários amigos, e por cuja venda o clube não auferia um único centavo de benefício. Mais do que nunca e mais do que ninguém, os moralistas de palanque que bradam contra a “privatização” do futebol rubro-negro, que não reconhecem limites éticos ou legais na luta contra a autonomia do futebol, efetuaram sua própria privatização do setor mais estratégico do clube.

Os interesses da quadrilha não se limitam às divisões de base. Envolvem também os negócios escusos em torno dos ingressos, em parceria com a BWA. O esquema é o responsável pelo prodígio de os ingressos para jogos do Flamengo custarem, em média, R$ 15,00 a mais do que os dos rivais. Supervisa o esquema o sr. Eduardo Moraes, que atende por Vassoura e coincidentemente é genro do onipresente Hélio Ferraz. Mas quem efetivamente ordenhava essa vaca leiteira, até recentemente, era o Sr. Flávio Pereira, que até hoje desfruta injustamente do anonimato. Injustamente porque se trata de ninguém menos que o dirigente acusado de pedofilia, de corromper meninos das divisões de base (sempre as divisões de base!), flagrado por sócia do clube, em fevereiro, “acariciando ostensivamente o órgão sexual de um menino de dez anos”. Uma acusação decerto revoltante, mas incapaz de embrulhar o estômago da Srª Patrícia Amorim, em que pese o fato de nossa presidenta também ser mãe: a pedido de Helinho, Flávio Pereira continuou ocupando o cargo lucrativo para o qual fora nomeado, e somente foi exonerado quando o clamor público ameaçou tornar-se insuportável.

Foi esse o cenário com o qual o ZICO se deparou ao assumir o futebol rubro-negro, em 30 de maio passado, com projetos de autonomia e seriedade administrativa. Sua nomeação foi um gesto desesperado de uma presidenta acuada politicamente, que via sua gestão fazer água menos de seis meses depois de começar. O técnico Andrade e o vice de futebol, Marcos Braz — a dupla que, com mais acertos que erros, havia conquistado o hexacampeonato —, haviam sido demitidos em 23 de abril, depois de o time se classificar aos trancos e barrancos para a segunda fase da Libertadores. Com o time eliminado, em seguida, pela Universidade do Chile, Patrícia Amorim passou a temer o desfecho inglório do impeachment, nas mãos de uma oposição que começava a se estruturar e de aliados para quem a utilidade da presidenta se esgotara no momento mesmo em que lhes abriu os cofres da Gávea.

Assim foi que o Galinho voltou para casa cheio de ilusões e projetos ambiciosos, que exigiriam o apoio decidido da presidenta para concretizar-se. Para Patrícia, no entanto, ZICO era apenas uma cartada política de curto prazo, um gesto que daria tempo e fôlego a sua gestão inepta, um fusível a ser queimado na primeira oportunidade, quando a destruição do ídolo e mito lhe fosse politicamente conveniente.

Os primeiros atos de ZICO voltaram-se, justamente, para a moralização das divisões de base. Com a autoridade que ainda não fora minada por Patrícia Amorim, o Galinho pôs fim à farra de Leo Rabelo, da qual se beneficiava a máfia aqui identificada. Pôs no olho da rua todos os atletas que envergavam o Manto Sagrado sem vínculo federativo com o clube, atletas ali postos, como numa vitrine, por seu proprietário, Leo Rabelo, para valorizar-se e ser vendidos. Subitamente, nas divisões de base do Flamengo, deu-se essa coisa prodigiosa: só jogavam atletas do Flamengo, e a máfia comandada por Hélio Ferraz perdia ali seu negócio mais promissor.

Ato contínuo, a quadrilha passou a obstaculizar a gestão de ZICO de todos os modos, legais e ilegais, a seu alcance. Mobilizou, sobretudo, o vice-presidente financeiro, Michel Levi, e o presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, que passaram a entravar toda e qualquer contratação encaminhada por Zico. Diogo e David, contactados muito antes, só puderam ser legalizados na véspera de expirar-se o prazo final, imposto pela CBF. ZICO reagiu, assinalando o óbvio: que um clube de futebol que pretenda ser exitoso não pode funcionar nessas bases, e o departamento de futebol precisa de autonomia administrativa e financeira. Foi a gota d’água para a quadrilha: declarou-se guerra aberta a ZICO. Começaram a circular boatos infundados, jamais comprovados, sobre a atuação de seus filhos em contratações, prontamente reproduzidos por canalhas menores da imprensa. Leonardo Ribeiro, bandido conhecido, não hesitou mesmo em ameaçar de morte o nosso ídolo maior e sua família.

Patrícia Amorim omitiu-se o quanto pôde. Fez que não era com ela enquanto lhe foi possível. Diante, no entanto, do ultimato da quadrilha que a elegeu e lhe dava sustentação, não teve um segundo de dúvida: ficou com a quadrilha, contra o ZICO. Encerrou-se assim, em 30 de setembro, a gestão de ZICO à frente do futebol.

Em quatro meses de gestão, ZICO, que afinal de contas é humano, terá cometido acertos e erros. Deixemos aos canalhas menores da imprensa esportiva o exercício indigno de enumerar os segundos, reproduzindo, como se dignas de consideração fossem, as barbaridades que hoje bosteja qualquer Capitão Leo. Aqui importa apenas registrar que, naquelas questões que mais dizem respeito à construção de um Flamengo forte, soberano e hegemônico — questões como a autonomia do futebol profissional e a reconstrução das divisões de base —, ZICO esteve sempre do lado certo, sempre com a visão clara e as intenções puras.

Para quem tinha olhos de ver, ZICO clamava há muito pelo apoio decidido de Patrícia Amorim. Atacado, cada vez mais publicamente, pela máfia que elegeu Patrícia, nosso ídolo maior precisava que, ao menos uma única vez em sua carreira política sem brilho, Patrícia Amorim se posicionasse claramente em favor de um grupo e contrariamente a outro. O Galinho aceitara o cargo, afinal de contas, porque confiava na capacidade da presidenta de, chegado o momento, comprar as brigas certas, e por elas arriscar-se a desagradar grupos poderosos, que há muito entravam o progresso do Flamengo.

ZICO obviamente se equivocou quanto à integridade e à coragem de Patrícia Amorim, que ao fim e ao cabo nunca foi mais que uma politiqueira vulgar — um desses sobreviventes talentosos apenas na arte de estar bem com todo o mundo, que passam pela vida política sem a consideração de legar-nos uma única idéia nova, um único projeto original. Já desvencilhada do ZICO, aparece agora, com a cara lavada habitual, fazendo promessas vagas de levar adiante o projeto da autonomia do futebol, sem no entanto romper com os elementos criminosos que, para matar uma idéia assim no nascedouro, foram capazes de atirar lama até mesmo no nome santo do maior ídolo da história rubro-negra.

Patrícia Amorim obviamente passará, a menos que os sócios de hoje decidam abrir mão de qualquer aspiração à grandeza, e transformem o Flamengo num clube meramente social. Excetuada essa hipótese, Patrícia é pequena demais, inconsistente demais, incompetente demais para a tarefa maiúscula de gerir os destinos da maior paixão de 40 milhões de brasileiros. Patrícia passará, mas o câncer que atrás dela se esconde — Helinhos, Oaquins, Levis, Helais, Rabelos e quantos capitães ou sargentos empregarem — precisa ser extirpado, se queremos voltar a ser grandes.

A grandeza começa por respeitar a nossa própria história, por respeitar o nome, a memória e a imagem de nossos ídolos e heróis. Passa por não transigir jamais com quem pretenda diminuir um ZICO para agarrar-se a uma boquinha, por não compactuar com quem se sinta no direito de julgar o rubro-negrismo de ninguém menos que Artur Antunes Coimbra. E começará a ser resgatada no dia em que os sócios escorraçarem da Gávea, para todo o sempre, personagens nefastos como Hélio Ferraz, Michel Levi, Leo Rabelo, George Helal, Walter Oaquim e Leonardo Ribeiro."


Desculpe Zico, Eles Não Sabem o Que Fazem!

Por favor Zico, vc não precisa se juntar com essa gente podre de novo, recria o Flamengo fora da Gávea, por favor Zico! Nós não somos nada sem você!




Eu me nego a dizer que sou flamenguista. Se capitão Léo e companhia são, eu não sou! Se o Zico saiu, eu saio com ele e levo meu orgulho, amor, raça, paixão e história comigo!

ZICO, EU TO CONTIGO! POR FAVOR NÃO DESISTA DA GENTE!


Declaração dele: http://www.ziconarede.com.br/portal/znr/colunas.php?pa=1589

Nossa ação: Protestos na GÁVEA na Sexta (às 15:00) e sábado (às 9:00) -

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